PRODUÇÃO ANGOLANA DE CAFÉ CRESCER 13 POR CENTO ESTE ANO

PRODUÇÃO ANGOLANA DE CAFÉ CRESCER 13 POR CENTO ESTE ANO

Victor Pedro e Casimiro José | Sumbe

Jornalista

A produção angolana de café atinge seis mil toneladas na colheita iniciada, ontem, no país, o que representa uma crescimento de 13 por cento face às 5.300 toneladas da época de 2022, anunciou, na comuna do assango, Amboim, no Cuanza-Sul, o Instituito Nacional do Café (INCA).

24/06/2023  ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO 07H05

 

© Fotografia por: Victor Pedro | Edições Novembro

 

O director-geral do INCA, Vasco Goncalves, que apresentou estas previsoes no arranque da época de colheita, assinalada com um acto oficial realizado numa fazenda dessa comuna, atribuiu o crescimento da produção à dinamização do sector do café, um processo fortemente influenciado pelas políticas públicas adopatadas nos últimos anos.

Isso inclui o envolvimento de 15.900 produtores e a expansão do cultivo do bago para uma superfície de 35 mil hectares, 45 por cento dos quais localizados no Cuanza-Sul, alémn de uma política de “aceleração   da produção do café” com a qual o INCA provê assistência tecnica aos cafeícultores.

Vasco Gonçalves enumerou, ao realçar a dimensão dessas ajudas, a distribuição de 9,5 mil sacos de juta (para embalagem de café), quatro milhões de bolsas de polietileno, 1.250 quilos de sementes de café robusta e arabica, 300 rolos de tela sombrite, motobombas, capinadeiras, pulverizadores, caixas de catanas, enxadas e limas.

Entre os apoios contam-se, ainda, acções de capacitação e treinameto a um total de 162 produtores familiares, visitas de acompanhamento pelos conselhos técnicos, recolha de dados, registo de produtores e abertura de escolas de campo,

Enfrentar os desafios

O director-geral do INCA declarou que os desafios para os próximos tempos residem no recrutamento de técnicos médios e superiores, para reforçar o processo de investigação científica e estudos necessários que permitam alcançar altos índices de produtividade,  para competir com outros países do continente.

Para o efeito, anunciou o aumento das áreas produtoras, o que requer um processo de substituição de mudas seminais por mudas vegetativas, até porque já foram identificadas 500 matrizes de café robusta com características genéticas aceitáveis para a produção de café cereja.

Espera-se encontrar melhores vias para a concretização do processo de produção, com a introdução de equipamentos agrícolas e técnicos qualificados.

Vasco Gonçalves anunciou que, no ano agrícola 2023/2024, o sector que dirige pretende disponibilizar oito milhões de mudas de café, um milhão de sombreados, bem como garantir a assistência a um total de 90 por cento das explorações familiares agrícolas registadas.

Outro desafio, segundo o director-geral do INCA, tem a ver com a instalação de um laboratório de classificação e prova de café. Para o efeito, referiu estar a decorrer a preparação dos quadros que vão operacionalizar o laboratório, estando definido que vai funcionar no município do Amboim.

No domínio da investigação científica, assinalou que, além da reabilitação da Estação Experimental do Amboim, em curso, está prevista a assinatura de convênios com a Universidade José Eduardo dos Santos, do Huambo, Instituto Superior Politécnico do Cuanza-Sul e instutos médios de Agronomia, para acelerar a preparação de quadros para garantir o funcionamento do laboratório.

O director-geral do INCA afirmou que estão em viveiro 2,8 milhões de mudas, 2,1 milhões das quais são de robusta e 679 mil de arábica, projectando-se, para Outubro, a distribuição entre produtores locais, para cobrir uma superfície de 1.400 hectares e alcançar a meta de de elavar a produção angolana em mil toneladas anuais, a partir de 2026.

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